Resumo O presente artigo é resultado de uma das etapas de pesquisa acerca das questões históricas relativas ao meio ambiente de edificações de saúde em Salvador, financiada pelo CNPq, que teve a participação de bolsistas de iniciação científica e alunos de pós-graduação. Seu objetivo é estudar, através da análise das condições ambientais no Sanatório Santa Terezinha, inaugurado em 1942, em Salvador, BA, o planejamento de arquitetos modernistas para o uso da incidência solar e da ventilação cruzada como auxílio na cura da tuberculose, de forma a demonstrar que a arquitetura faria parte do processo curativo. A metodologia utilizada foi a comparação entre o modelo europeu e o utilizado no sanatório estudado, baseada em pesquisa bibliográfica sobre as características desse tipo de edificação, sendo posteriormente realizada visita, cadastro do edifício e análise de suas condicionantes climáticas com programas computacionais. Como resultado, pôde-se observar a intencionalidade dos arquitetos em proporcionar condições de incidência controlada de sol e de ventos que permitissem o conforto e o auxílio ao restabelecimento dos pacientes, de acordo com o paradigma médico da época. Na atualidade, há o retorno das preocupações ambientais e de humanização do espaço arquitetônico hospitalar. Espera-se que o planejamento climático constatado contribua como exemplo do uso da arquitetura como fator de apoio aos procedimentos de restabelecimento da saúde.
Abstract This paper is the result of one stage of a research project on historical issues related to the environment of healthcare buildings in Salvador, Brazil, funded by CNPq, with the participation of undergraduate and postgraduate scholars. Its objective is to study, through an analysis of the environmental conditions at the Sanatorium Santa Terezinha, inaugurated in 1942, in Salvador, BA, the plans made by modernist architects for the use of solar incidence and cross ventilation as an aid in healing tuberculosis, in order to demonstrate that architecture can be part of the healing process. The methodology of the investigation was to trace the history of the hospital, based on a review of the literature on the characteristics of this type of building, followed by a visit, a survey of the building and an analysis of its climate conditions using computer programs. That allowed the researchers to see evidence of the intentionality of the architects as they provide conditions of controlled incidence of sun and wind in order to enhance patients’ comfort and recovery, according to the medical paradigm of the time. In the present day, environmental concerns and the humanisation of hospitals’ architectural space are back on the agenda. The climate planning seen in this study will hopefully contribute as an example of the use of architecture as a factor to support the restoration of health.